Fotos por Julio Cesar

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Amor e Paixão - ...não, não estou em Páris...isto é São Paulo.

São Paulo - testemunha do Amor.
"...é sempre lindo andar...na cidade...de São Paulo..de São Paulo..."

(fotos: Julio Cesar. As fotos não receberam nenhum tratamento -ainda!rs...-)



Domingo. Sol. Tarde linda. Um pedido para sair em busca de 'olhar' para minha cidade. Trago aqui algumas das fotos que fiz neste último domingo, daquela que é a mais paulista das avenidas paulistas: Av. Paulista.

Em tardes de domingo, em nada lembra o frisson dos dias úteis.

Pessoas de todas as idades, culturas e condições socio-econômicas, ainda que no entorno, as opções de lazer não tenham preços populares. Também econtro de nacionalidades se dão pelas calçadas da charmosa via urbana paulista. Seus prédios comerciais parecem estarem em espreguiçadeiras a descançar do movimento humano que comportam diariamente.

Entre feiras de antiguidades (no Masp), de Animais (em um imóvel tombado) e Artesanato e Diversos em frente ao parque Trianon (um reduto arborizado reservado na Paulista por sobre a Av. 9 de Julho, e outra em um shopping à esquina da Av.Paulista com outra famosa via que é a Augusta, casais homo ou hetero-sexuais desfrutam deste espaço. Idosos ou crianças em bicicletas aproveitam o contigente reduzido de pessoas nas calçadas. Estilos diversificados de moda roçam ombros, com eduação, respeito e cordialidade independente das diversidades que constituem os transeuntes.






A arquitetura na avenida é impressionante, com as fachadas envidraçadas que refletem com vida os prédios vizinhos.





Avenida Paulista



A tarde ensolarada exigiu que eu me posicionasse a sombra para figurar-me na foto, sem olhos franzidos e boca torcida.








Deste ponto, à esquina da Av. Consolação, observa-se sua longa extensão, não registrável na foto.




Vão que revela a passagem da Avenida que dá acesso a duas outras avenidas, fazendo a interligação.



A soberania da Avenida com a forma inusitada de informar o nome das vias: Totens verticais.




Os reflexos de fachadas frente a frente são uma constante...e permite brincar com a ilusão.


Nâo se tratam de micros prédios dentro do Banco da Argentina!



A possibilidade fez com que a criatividade de alguns arquitetos brincassem com o efeito. Neste prédio, como uma 'mascara', quadrados formam desenhos que sobrepoem-se aos reflexos.






No Conjunto Nacional, outro Ícone paulista ao lado de edifícios como o Copam, possuí, em sua área do piso térreo, um espaço voltado para a cultura, em que esposições acontecem por todo o ano.
Aqui, uma escultura de Dom Quixote e Sancho Pança.



Um bom exemplo a estar no Íris, em que conceitua um novo olhar.

A escultura é totamente reciclada...ou seja, os materiais usados provém das mais deversas fontes e contextos de utilização.

O casaco de Sancho, feito de tampinhas de garrafa, e os grandes botões, de fundo de latinhas.



Em close, peças que perfazem a estrutura do cavalo de Dom Quixote.



Teclados, carcaça de furadeiras, celulares...fora do contexto original agora são o 'couro' branco do cavalo.



Saguão do Edificio do Conjunto Nacional.

Dom Quixote. Feito de latas de refrigerantes.




Uma exposição que mereçe um post único:
Rubens.
Um artísta fantástico que viveu entre os séculos XVI e XVII.



A "avenida adormece".
À esquerda, acesso ao subterrâneo do Metrô.



Flagrante do cruzamento da Rua Augusta. Coletivo que vai...coletivo que vem.



Avenida 'liberada'!.




Rua Augusta. Domingo de Final de Copa do Mundo. Ruas quase deserta. Habitadas por aqueles que buscam outra forma de lazer, que não as massificadas.
Uma de suas principais e mais famosa transversal: Rua Augusta. Na foto, a ladeira em direção ao Jardins... em que Playboys ao fim dos anos 60 início dos 70 desciam em seus onstentadores veículos, fossem motos, carros...entre esses os conversíveis.

Espaço/tempo que ficou registrado em canções da jovem guarda.

São Paulo...cidade que amo...

"Tanto quanto amaria a qualquer outra do Brasil, foste essa minha cidade natal.
O que me cabe ainda a amar como cidadão brasileiro, detentor de nossa vasta e rica cultura...diversa...diferenciada...digna para ser vivida e apreciada. "(este trecho foi editado. Acrescentado no dia 2 de agosto)

Ver o que enxergamos é um estado de espírito e consciência. Perceber o que se move, ainda que pareça estar parado.

Um domingo com uma energia não tão diferente de todos os outros domingos, e também os dias de semana. Potencializado sim... como sempre o é quando os sentimentos que nos embasam afloram, são alimentados.

Amo. Como é bom amar.Tenho vontade de sair e gritar ao mundo... e a "Cidade", minha fiel confidente; sentar em qualquer mesa a regar-me por alguma bebida...ou consumir passos por suas calçadas e deixar que leia meu pensamento, ouça meu coração, sinta minha respiração...eu, sem medir metros ou kilometros, sem medir suas luzes, que se murcham não por deterioração, mas para o descanso do dia que virá e até lá, neste aguardar em caminhar, da artificial (luz)aproveitar...[ah..acompanhado] ora um abraço... um beijo... um virar-se um para o outro quebrando a rotina do andar... freando o movimento do universo. Sim...a grandeza que nos invade sugere que temos esse poder...

Ah..minha "Cidade"... irmã, amiga, mãe, conselheira, companheira. Em teus ombros já me 'escorei', em teus braços já solucei, em olhos mareados. Em teus cantos, becos... busquei refúgio quando não mais queria ver ninguém. Seu acolhimento me ergueu. Solidificou-me. Deu-me forças para continuar acreditando... na vida... nas pessoas.

Em ti pela primeira vez encontrei e descobri a natureza... e venho em ti descobrindo a minha. Nessa 'parceria' para além de 4 décadas, 'mostrou-me' que não devo importar-me com as tristezas...afinal, elas passam sim...e muito mais rápido do que pensamos passar as alegrias. Assim 'você' me ensinou a ter olhos para ti...para tudo que tens, para tudo que em ti habitas, para tudo que em ti se ergue, surge, nasce. E a cada dia tens feito nascer uma nova pessoa que deixa o passado (não sem refletir sobre ele) vive e transforma o presente, esperando que o melhor está sendo feito para a construção do futuro.

Sim...amo. Meu amor de hoje não é o de ontém...e o de amanhã não será o de hoje... mas o amanhã é incerto, pois está por vir. Minha "Cidade"... tens me criado capaz de ser feliz e apaixonado. Obrigado.